ABERTURA DA EXPOSIÇÃO MICROSCOPIAS DA ALMA 2016
A exposição “Microscopias da Alma – Universo Orgânico” apresenta pinturas do artista plástico Claudinei Bettiol a partir do dia 08 de abril de 2016, sexta-feira, na sala Da Vinci do Centro Cultural Martha Watts (rua Boa Morte, 1257 – Centro – Piracicaba, SP).
São 13 trabalhos, pinturas executadas em tinta acrílica sobre tela, entre as mais recentes do artista, e um vídeo. A exposição conta com curadoria do crítico e historiador de arte Fábio San Juan.
Segundo o curador da mostra, “o ponto de partida de Bettiol são imagens tomadas ao microscópio, porém Bettiol não pretende retratar fielmente o mundo celular. Ele usa a metáfora visual da exploração em detalhes da carne, manipula cores, texturas e linhas para manipular os segredos da sua própria alma”, explica.
As pinturas de Bettiol caminham pela proposta de “Obra Aberta”, de Umberto Eco, na qual o espectador completa o sentido da obra com sua própria percepção, experiência de vida ou memórias sensoriais, emocionais, racionais.
Para Bettiol, o processo de suas pinturas é catarse – exploração do eu – ressignificação de conteúdos pessoais – reconstituição da personalidade, em contínua mudança. A pintura para ele é uma meditação, e não nos enganemos com essa palavra – “meditação”. Meditação aqui não é um simples relaxamento, como o senso comum acusa a arte de ser um mero “relax”, um “hobby” sem maior profundidade. “Meditação” aqui é o uso de ferramentas sensoriais – o som de um mantra, o recitar de um terço, um canto, uma dança, a manipulação de formas visuais – para atingir um nível interior, psíquico, o qual é inacessível quando estamos acordados, de forma “normal”.
A exposição é realizada pelo Centro Cultural Martha Watts e o Gabinete do vereador Pedro Cruz; conta com os seguintes patrocínios: Biosan, Food Inteligence, Estudio Paulo Munhoz e Soul Imagem.
A exposição “Microscopias da Alma-Universo Orgânico” fica no Centro Cultural Martha Watts até o dia 29 de abril de 2016, e tem entrada gratuita.
Bettiol descobriu a arte em sua infância. Em seus anos de juventude, estudou arte e desenho de anatomia humana e também histórias em quadrinhos. Atuou como cartunista, publicando na mídia local de sua cidade. Seus estudos de história da arte, composição e leitura de imagens o levaram a abandonar as artes gráficas e dedicar-se à pintura. Tem desenvolvido um trabalho de pesquisa intensa como colorista, caminho escolhido nos últimos 18 anos.
Atualmente trabalha com uma técnica particular em acrílico sobre tela. Suas cores são únicas e são também o destaque de sua obra. Ele vê a arte como um veículo importante para o crescimento pessoal e transformação tanto do artista como de quem contempla a arte. Seu trabalho fala sobre o registo de imagens internas. As cores são meios de representação do universo espiritual em relação à distorção das formas existentes no mundo material, uma relação que sintetiza a dualidade presente no mundo. As relações entre cor e forma são sua tentativa de buscar equilíbrio através da arte.
Já participou de diversas exposições coletivas e individuais, tendo sido premiado em algumas delas. Destaca-se sua participação na I Exposição de Arte Integral em Sonoma na Califórnia em 2015.
Fábio San Juan artista gráfico piracicabano e professor de História da Arte formado pela Unicamp – Universidade Estadual de Campinas. Tem promovido palestras e cursos sobre Arte e História da Arte desde 2005, em várias instituições de Piracicaba e de outras cidades da região.
É membro do Conselho Municipal de Políticas Culturais (Comcult) na gestão 2015-2016, representante dos artistas da área de Artes Visuais. No momento ministra aulas em pós-graduação na Unimep.
Sua empresa Apreciando Arte tem promovido excursões culturais a São Paulo e outros centros, como Rio de Janeiro, Cidades Históricas de Minas Gerais, Instituto Inhotim, com destino a museus e grandes exposições de artistas como Salvador Dalí, Juan Miró, Pablo Picasso, Frida Kahlo, Piet Mondrian, Van Gogh, e outros.
San Juan está escrevendo o livro “História das Artes Visuais em Piracicaba”, pesquisa que desenvolve desde 1999, no qual mapeia toda a produção artística piracicabana, desde as primeiras manifestações dos povos indígenas, passando pela arte de Miguelzinho Dutra e a produção acadêmica do século XX, até a arte moderna e contemporânea produzida na cidade. O lançamento do livro está previsto para agosto de 2017, aniversário de 250 anos de Piracicaba.
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